terça-feira, março 29, 2011

Aberto mas em obras

*grrrrr*

Sem tempo, e sem paciência para por isto como deve ser... vai ter que ser aos pouquinhos (desculpem lá!!)

O blog está em obras *eu a lutar com o blogger para por isto como estava - em aspecto*

sábado, março 26, 2011

Parnaso - a morte de um sonho

Desculpem... acho que não morreu um, mas vários sonhos.

A começar pelo sonho de Fernando Corrêa de Oliveira (conceituado compositor, pianista, pedagogo e teórico musical portuense), que em 1957 fundou o Parnaso, uma escola destinada ao ensino de música, ballet e teatro.

Ao que parece, foi durante décadas um centro de diversas actividades culturais, e o seu auditório era mesmo um dos melhores da cidade para a época.

Mas também morreu o meu sonho, e o de tantas outras meninas que ali cresceram e se fizeram mulheres.

O Parnaso foi a escola onde a minha madrinha e os meus pais me inscreveram no Ballet. Tinha eu 6 anos. Andei lá 10 anos da minha vida, que recordo com muita alegria. Passei lá muitas horas, a praticar, a sonhar... até já não ser mais possível a conciliação de horários.

Ainda me lembro de ter as obrigatórias aulas de música com o referido Fernando Corrêa de Oliveira. (saíam-lhe tufos de pêlos dos ouvidos - o que me impressionava bastante!)

E lembro-me também de como as aulas de sábado eram especiais, pois eram acompanhadas não pelo gravador e pela cassete, mas ao vivo pelo piano (ainda me lembro que quem o tocava se chamava Rui, que depois começou a dar-nos também as aulas de música que antecediam a aula de ballet de sábado)

Quando desisti já tinha 16 anos. Tinha chegado ao chamado Pré-Elementar. No Espectáculo anual já entrava na conceituada 2ª parte, e não na 1ª que era a das "crianças".

Aos 18, já na faculdade, ainda tentei voltar... fiz aulas durante mais uns meses, mas acabei por deixar de vez. O professor já não era sempre o meu querido Maurice César, que agora intercalava as aulas com outras "professoras" que antes tinham sido alunas.

E acho que a escola começou a decair.

Não só por causa disso claro - apesar de que tenho absoluta certeza de que se a escola teve o sucesso que teve, também foi por causa do seu professor.

Mas terá decaído também porque começaram a surgir muitas outras escolas - ainda que muitas sem qualificações. Sim porque a "nossa" era "apadrinhada" pela Royal Academy of Dance de Londres (se não estou em erro? Tenho que verificar nos meus diplomas), e todos os anos fazíamos exames para passar de "grau".


Eu até era boa ao que parece (desculpem a falta de modéstia). Tive sempre óptimas notas nos exames. E quando havia eventos especiais, era sempre uma das escolhidas para participar.

E ficou a mágoa.

Era uma coisa que gostaria de fazer ainda hoje. Dançar ballet. Tenho o meu último fato, os meus collants, as minhas sapatilhas (as normais e as de pontas). De vez em quando ainda as calço... tenho tantas saudades...

...E agora o sonho desfez-se. O edifício continua lá, mas a escola já não existe mais. Nem a de Ballet, nem a de Música, e obviamente não a de teatro - que já nem no meu tempo existia, acho.

Do auditório lembro-me bem... chegámos a fazer lá, 2 festas anuais se não estou em erro (as minhas primeiras)... mas a escola tinha muito sucesso, éramos imensas alunas, e o auditório era diminuto para tanta gente, pelo que a festa anual começou a ser feita no Carlos Alberto, sempre por alturas do S. João... mais dia menos dia.

Eram dias fantásticos. Lembro-me da azáfama dos exames... das festas... dos tecidos, dos modelos dos vestidos.... das nossas mães a "tirarem informações" com a D. Eugénia da secretaria...

Quem me dera que a minha filha pudesse lá andar.

Quem me dera eu poder lá andar, em "aulas sem stress para cotas doidas" ^_^

Tudo o que resta no local, para testemunhar o que o Parnaso foi, e os sonhos que lá se viveram - e se terão desfeito também, é isto:



Pergunto-me o que terá sido feito do César, e das meninas que foram colegas e amigas durante estes anos tão importantes...

Há muito tempo atrás...

A minha irmã... e eu! ^_^ (aí em 1980 ou 81)

O 4º aniversário

Ainda não tinha aqui escrito nada acerca do 4ª aniversário da piolha =)

Este ano calhou a um sábado, por isso foi altura para fazer uma festinha mais composta, com família e amigos. Foi a primeira vez.

E que trabalheira... decidi-me a fazer tudo. Tinha montes de ideas, queria tratar de montes de pormenores, mas alguns tiveram que ficam pela vontade mesmo.

Até fotografias ficaram por tirar... Mas aqui ficam algumas!



Aqui podem ver (um bocadinho ao longe) o Tutu que lhe fiz, para ela vestir neste dia!



O bolo de aniversário caseiro, feito por mim e pelo papá (a hóstia foi encomendada online, com um desenho que eu lhes enviei, o resto fizemos nós).



Os pom-pons que eu fiz para decorar a festa (aqui uns dias depois no quarto dela... no próprio dia como disse, ficaram a faltar fotos para documentar a festa...)



O bolo que fizemos para a festinha dela na escola (na 2ª feira seguinte)...




Os saquinhos com as guloseimas para os amiguinhos...

A festa não teve propriamente nenhum tema... só os bolos foram temáticos. O resto foi mais cores e padrões. Ficou muito giro, tenho pena de não ter fotos a comprovar, mas ou bem que se está a pilotar uma festa, ou bem que se está a fotografá-la ^_^

...eu avisei, que andava muito prendada, hehehehe!!


Dia do Pai!

Este foi o bolo fizemos, para sobremesa em casa dos meus pais, para comemorar o dia dos pais. Bolo de Laranja, com recheio de creme de laranja, e cobertura em pasta de açúcar (porque ficam tãaaaao bonitinhos assim!!)



...e na 2ª feira foi a festa do dia do pai na escolinha da piolha. Os pais foram convidados para um lanche, e não só!



...também houve um pequeno espectáculo (do qual a piolha foi a apresentadora, uau!), e claro... a prendinha da praxe, que andavam a preparar há séculos)!








Livros e Citação

Ando mais do que atrasada nas opiniões sobre os livros que vou lendo... tenho que tentar mudar de tática - talvez fazer gravações das minhas impressões acerca do que vou lendo, para depois não me perder?

Por agora, e para não me perder (mais uma vez, e mais ainda), deixo aqui uma citação do livro que estou a ler neste momento (Juízo Final de Sam Bourne) - e que estou a adorar:

"Podem perguntar se eu, quando finalmente compreendi (qual seria o objectivo de tudo isto), alguma vez questionei o que iria fazer. Mas aquilo que ninguém pode perceber, a menos que tenham visto o que nós vimos, é o quão profundo o nosso ódio se tornara. Era maior do que qualquer um de nós; podíamos nadar e afundar-nos nele e sabíamos que perduraria para além da nossa própria existência.

Quem odiávamos nós? Odiávamos as pessoas que eram capazes de pegar num bébé a chorar, pelos tornozelos, e esmagar-lhe o crânio inocente contra uma parede de tijolos. Odiávamos as pessoas que eram capazes de reunir seres humanos e amontoá-los em ruas medievais e fétidas e matá-las à fome para que os seus corpos fossem comidos por cães vadios. Odiávamos as pessoas que nos disseram que iríamos ser realojados no leste, enfiando-nos em comboios, em vagões para gado, e depois separando-nos - para a direita e para a esquerda - assumindo o papel de anjos da morte, decidindo no cais, junto a um comboio acabado de chegar e ainda fumegante, quem deveria viver e quem deveria morrer. Odiávamos as pessoas que nos espancavam, chicoteavam e empurravam, às nossas crianças e aos nossos velhos, para o interior de cabines de chuveiro em cimento, dizendo que nos íam "desparasitar", porque estávamos infestados como animais cheios de pulgas - continuando a mentir até ao final de tudo - e observando-nos enquanto esperávamos pela água que nos lavaria e que nunca chegava, observando através de um olho-de-boi enquanto o gás lançado por uma lata de Zyklon B penetrava no local, com os homens, mulheres e crianças no seu interior a trepar uns por cima dos outros para chegarem ao que, no seu desespero, pensaram poder ser uma abertura no tecto ou no cimo de uma parede, a uma fonte de ar não envenenado e respirável. Odiávamos as pessoas que arrancavam os anéis dos nossos dedos e o ouro dos nossos dentes, que os derretiam pelo dinheiro que poderiam obter a partir deles. Odiávamos as pessoas que arrancavam as roupas dos corpos dos nossos mortos, enviando-as para casa para serem usadas pelas suas mulheres, filhos e filhas. Odiávamos as pessoas que, após terem extraído a riqueza da nossa própria carne, nos atiravam para dentro das incineradoras, nos sufocavam com a cinza que ascendia e caía como neve cobrindo tudo num raio de kilómetros. Odiávamo-los pelo seu plano de nos erradicarem da face da Terra, para destruir as nossas pedras tumulares e rasgarem os ventres das nossas mulheres para que aquela geração fosse a última. Odiávamo-los pelo insaciável ódio que nos tinham.

Quando um homem arde com uma ira tão incandescente como esta, ainda mais inflamada pela certeza de que o resto do mundo está preparado para seguir em frente com um encolher de ombros - fica disposto a fazer quase tudo. Para saciar esta raiva fica disposto a qualquer coisa. Tal como eu estava disposto."


Outras séries...

Ainda são muitas as séries que vou conseguindo seguir, graças à marvilhosa zon box claro - de outra forma seria impossível (e mesmo assim às vezes vejo com semanas de diferença em relação à data original de emissão).

Mas três de que tenho mesmo que falar aqui são:



In Plain Sight (À Vista Desarmada no Axn)

Lembro-me de quando a série estreou originalmente no Axn, há 3 anos, "casquei-lhe" duro e forte. Fui categórica. Uma porcaria.

Mas gosto de pensar que sou inteligente. E como tal, posso mudar de opinião. E não tenho vergonha de o afirmar.

A verdade é que em alturas mais fracas de TV, e com pouco para ver, fui sempre seguindo a série.

E vi a personagem principal crescer, crescer, até ficar completamente fã. A série vale por causa da personagem (pelo menos para mim). E por isso faço questão de ver, semana após semana.

Mary McCormack veste a pele da complicada Marshal Federal Mary Shannon, sublimemente. É caso para dizer que a vida com ela nunca é aborrecida. O seu parceiro dá um belíssimo actor secundário, e juntos funcionam muito bem. Mas a estrela é ela, sem dúvida alguma.

Outra série acerca da qual quero deixar umas linhas, é Criminal Minds (Mentes Criminosas no Axn).



Isto por não saber muito bem onde nos irá levar.

Surpreendentemente a série sobreviveu à baixa inicial do importante Gideon (representado por Mandy Pantinkin), e diga-se de passagem que contrariamente ao esperado, até aumentou consideravelmente de qualidade. Sendo que mesmo tendo visto todos os episódios desde o início, só me considerei verdadeira fã, a partir da 3ª temporada.

...mas estamos agora na 6ª temporada, e todos sabemos que nada dura para sempre, pelo que começo a questionar-me, onde nos levarão os argumentistas da série.

Logo no início desta temporada perdemos mais um importante personagem - um dos meus preferidos - a JJ (representada por A.J.Cook), e mais para o final (ainda não emitido pelo Axn), já sabemos que iremos perder outra personagem feminina - a agente Prentiss (representada por Paget Brewster).

Resta-nos assim a doce e extravagante Garcia - cuja saída não se adivinha, mas que não evita que nos perguntemos... o que podemos esperar mais desta série. Será que vem aí o final?

Finalmente, outra série de que vou escrever umas linhas...



Infelizmente, parece que CSI NY poderá estar em vias de ser cancelada - o que muito me entristece, pois é de longe o meu preferido dos CSI, logo seguida pela série original, ambas qualitativamente muitos furos acima da "pitorescada" que virou o CSI Miami (cujo actor Adam Rodriguez nunca consegui engolir *humpfff*, e onde o Horatio também já chateia sempre a dar o cartãozinho de visita aos desprotegidos, *duh*, sempre com os seus óculos de sol, e num cenário que tenha o chãozinho molhadinho de fresco claro - "oh lord" tantos clichés).

Mas voltando ao que interessa, ao CSI NY, no início da temporada fomos logo surpreendidos pela mudança de "leading character" feminino. Melina Kanakaredes foi substituída pela (fantástica) Sela Ward.

Sou fã de Sela Ward desde os seus dias de "Once and Again" ("Começar de Novo" que passou originalmente na rtp 2). E estou a gostar bastante do personagem dela em CSI NY.

Ao que parece
Melina Kanakaredes terá saído da série por não querer renovar contrato com a produção, com o mesmo cachet.

Polémicas à parte
, o certo é que nos Estados Unidos as audiências têm vindo a baixar, e até já mudaram a posição da série na grelha de tv. Há quem diga que são prenúncios de uma morte certa.

Eu fico a torcer para que não.

sexta-feira, março 25, 2011

Rendida

Sempre que vai começar uma série nova nos canais de séries, eu gravo.

Não quero perder a oportunidade de começar a seguir uma grande produção. Ou uma produção de que eu goste. Por isso "grande", do meu ponto de vista.

Às vezes é uma desilusão, como foi com o "The Gates" que passa na Fox. *blargh*. Já tinha uns 4 episódios gravados, quando finalmente pude começar a ver. Os primeiros minutos foram muito mauzinhos, e depois quando percebi que era de "vampirada", nem vi mais. Stop. Delete. Todos os episódios que já tinha gravado. Não sou fã do género, e há muita coisa boa para ver - e pouco tempo para o fazer, por isso, adiante.

Quando o AXN anunciou a série Luther, da BBC, lá gravei. No primeiro episódio fiquei logo, e imediatamente rendida com o genérico. Um óptimo prenúncio sem dúvida. E melhor: a série corresponde totalmente à expectativa que ele me criou. Totalmente diferente das produções americanas (muitas das quais sou fã, não quero induzir ninguém em erro), mas muito, muito, muito boa. Aconselho vivamente. Mas vejam desde o início. A 1ª temporada só tem 6 episódios, com certeza o Axn irá repeti-los noutros horários daqui a umas semanas. Se ainda não viram, vejam nessa altura. Vale BEM a pena.

"Luther é um thriller psicológico criminal, protagonizado pelo detective John Luther, um investigador brilhante cuja envolvimento apaixonado no seu trabalho ameaça a sua vida pessoal."
(in tv.com)

Fica aqui o genérico para aguçar o apetite.



...e caso tenham curiosidade, a música é "Paradise Circus" dos Massive Attack. Maravilhosa, certo?

Mega actualização

...porque hoje me apetece.

Já de seguida ^_^

sábado, março 05, 2011

Carnaval 2011



Ontem foi a festa de carnaval lá na escolinha da piolha.

Este ano o tema foi obrigatório lá na sala, porque íam fazer um baile: Príncipes e Princesas (*blargh* e eu que este ano a ía vestir de Margarida...)

Tinha planeado dedicar o dia de 5ª feira a fazer a fatiota (já bem definida na minha cabeça), mas para não variar as previsões saíram todas furadas. À ultima da hora, um cliente de um cliente fez um ultimato, e aqui a zézinha teve que dar o litro durante o dia, durante a noite enfim... foi trabalhar non stop.

Quem saiu prejudicada foi a Mafaldocas, porque só comecei a trabalhar na fatiota dela às 8 da manhã do próprio dia (ela é suposto entrar às 9h30...). O papá teve que ajudar, está claro.

Primeiro coser a saia de tule... cosi 6 camadas... queria fazer com 8, mas 2 ficaram só no projecto.

Depois dobrar o tecido, marcar o molde às pressas e cortar.

Prender com alfinetes, fazer a piolha vestir, fazer ajustes.

O Helder mete o tecido na máquina de costura, e zá-zá-zá-zá-zá, enquanto a piolha veste a saia de tule e eu ajusto a altura.

Uma vez cosido, a piolha veste novamente.

Contratempo: a máquina pregou das suas partidas, e os pontos começara, a abrir em alguns locais.

Tira vestido. Não há tempo para descobrir o que se passa com a máquina (devemos ter feito alguma coisa mal, obviamente, as máquinas têm sempre - ou quase sempre - razão).

*nota para mim própria, ir tirar um curso básico de coser à máquina, saber os pontos para que servem, mudar as linhas, ajustar pontos, etc. e tal.

Ao menos a pistola de cola estava mesmo à mão (o Helder tinha utilizado na noite anterior para colar os "brilhantes" na camisola de base da fatiota).

Toca a reforçar as costuras com cola quente.

Não há tempo para fazer mangas no vestido.

Corta-se a parte de cima, e fica um "cai-cai".

Faz-se uma baínha com cola quente, e mete-se o elástico. Assim o vestido não "cai".

Vestem-se os collants, a camisola interior, a camisola com os brilhantes, a saia de tule.

Calçam-se as botas.

Veste-se o vestido.

Colocam-se borboletas a ornamentar o vestido. Uma fita larga com um laço à volta da cintura.

Põe-se a tiara na cabeça, adaptada previamente no dia anterior a uma bandolete - para não cair.

Ajusta-se a altura do vestido. Não há tempo para baínhas.

Vai-se para o carro. Liga-se o carro. Pernas para que te quero. Chega-se à escola com 1 hora de atraso, mas a tempo da farra. É o que interessa.

O vestido só tinha que sobreviver a um dia.

Voilá.

No after-party, a tiara ficou na escola, a borboleta das costas ficou "esmagada", as outras soltaram-se do vestido com a brincadeira. O vestido estava meio a esfarrapar em baixo, por não ter baínha.

Mas aguentou-se.

...e a piolha conseguiu ir fazer xixi durante o dia várias vezes, sem muitos filmes.

Acho que não há maneira de priorar um plano tão mal traçado. Venha o próximo carnaval por favor.

Ando muito prendada...



...as actualizações a fazer aqui ao estaminé são mais que muitas... Mas por agora fica esta bem docinha (é que ando muito prendada)!

Hoje fiz um bolo à minha filhota... só porque sim.