sábado, setembro 10, 2016

Leituras de férias

...em 19 dias li os 5 livros da dupla Lars Kepler - uma das sensações dos policiais nórdicos - sendo que o penultimo (O Homem de Areia) li em apenas 2 dias, e o ultimo (Stalker) em 3, o que mais dizer?? Fiquei completamente rendida, e fico ansiosa pelo 6º livro da série Joona Linna - que na Suécia será lançado a 24 de Outubro, e fico a fazer figas para que não demore muito a chegar cá a versão portuguesa!!!

sábado, junho 11, 2016

Por vezes acontece...

Por vezes acontece arrepiar-me com uma boa descrição, num livro que esteja a ler... Quando sei que de alguma forma foi real, toca-me ainda mais profundamente.

E por vezes acontece em livros de autores que até escrevem com alguma ligeireza, passo a expressão, e utilizam o humor frequentemente. O que me deixa também agradavelmente surpreendida.

Foi o caso do seguinte excerto, retirado do "Fogo Mortal" de Nelson Demille:

"Durante meses, depois do 11 de Setembro, assisti a velórios, funerais, missas e cerimónias memoriais, de dia e de noite, por vezes três no mesmo dia. Toda a gente que eu conhecia tinha a mesma agenda insana e atordoante. À medida que as semanas iam passando, cruzava-me com as mesmas pessoas nas casas funerárias, nas igrejas, nas sinagogas e nos cemitérios. E todos olhávamos simplesmente uns para os outros com uns olhos sem expressão. O choque e o trauma estavam frescos, mas os funerais começavam a fundir-se uns nos outros e a única diferença era a família enlutada, que nunca era igual à anterior, e a seguir os viúvos e os filhos apareciam no funeral de outro polícia qualquer para prestar as suas homenagens, tornando-se parte era multidão dos pesarosos. Tinha sido uma época angustiante e surreal, meses negros com caixões negros e mortalhas negras, e fumos negros sobre os dis- tintivos brilhantes, e manhãs negras depois de uma noite a beber demasiado. Ainda me lembro do som das gaitas de foles, da saudação final e do caixão... na maioria das vezes contendo apenas um bocado do corpo a ser baixado para a sepultura."

Sim... acontecem imensas atrocidades demasiado frequentemente, de tal forma que acabamos por ficar um pouco "imunes", e com a falsa sensação de segurança que nos traz o facto de não ter sido perto de nós... (...longe da vista...), mas por alguma razão o 11 de Setembro continua a tocar num ponto sensivel cá dentro.