A vantagem de ir acumulando vários livros do mesmo escritor na prateleira, é que depois podemos ler a sua obra cronologicamente, e não pela (des)ordem em que a editora a decidiu publicar. E isso ajuda a que as coisas tenham mais lógica. Inevitavelmente.
Em "O Artista da Morte" é-nos apresentado Gabriel Allon, ex-funcionário dos serviços secretos iraelitas, que após ter sofrido uma tragédia pessoal, se retira, e se dedica ao restauro de obras de arte, actividade que já desenvolvia e aperfeiçoou no seu "emprego" e que lhe servia de cobertura para as suas missões.
A verdade é que provavelmente nunca ninguém se reforma verdadeiramente dos serviços secretos, e o homem que há tantos anos recrutou Gabriel, volta a pedir a sua ajuda, para uma missão que, acredita, só ele poderá levar a cabo com sucesso.
"Shamrom deixara para trás um dossiê (...) Leu-o uma vez rapidamente, a seguir serviu-se de mais café e voltou a lê-lo, mais devagar. Tinha a estranha sensação de estar a atravessar os quartos da sua infância - tudo era familiar mas ligeiramente diferente, um pouco mais pequeno do que se recordava, talvez um pouco mais esfarrapado. Como sempre, ficou surpreendido com as semelhanças entre a arte de restauro e a arte de matar. A metodologia era precisamente a mesma: estudar o alvo tornar-se como ele, fazer o trabalho, desaparecer sem deixar rasto. Podia ter estado a ler um texto erudito acerca de Francesco Vecellio em vez de um dossiê do Departamento sobre um terrorista chamado Yusef al-Tawfiki."
Esta é mais uma fantástica aventura no mundo da espionagem e da manipulação, onde somos levados a conhecer Gabriel com alguma profundidade... como restaurador de arte (o que sempre me fascina imenso), como assassino, como pessoa.
Mais uma aventura soberba no mundo da espionagem e da manipulação, de Daniel Silva.
3 comentários:
Tenho este por ler, no entanto já li o confessor, morte em viena e principe do fogo... pois só depois de ler o confessor é k soube que esse não era o primeiro da série *mad*
Estou a ver que andas a pôr as leituras em dia. Quem me dera ter mais tempo para alimentar o vício...
Tita, estou a lê-los por ordem, e a seguir irei reler "O Confessor" que já li em 2003 ou coisa que o valha. Espero que quando acabar o "Criado Secreto" a Bertrand edite o "Moscow Rules" senão olha... tenho que esperar (que remédio =p)
Dina, estes livros foram lidos de há 3 semanas para cá, eu é que ainda não tinha tido tempo para colocar aqui as opiniões... Tento sempre ler um por semana, mas confesso que nem sempre consigo, com muita pena minha, porque adoro mesmo ler =(
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