Hoje escrevo mais cedo...

...porque sonhei consigo. E quero escrever enquanto ainda a sinto aqui... enquanto ainda não se desvaneceu por completo.

Hoje não queria acordar, porque foi a primeira vez que invadiu os meus sonhos desde que nos deixou. As lágrimas aquecem-me a cara, o coração ainda está apertado, e a garganta tem um nó que não se desfaz.

Os pormenores, como em todos os sonhos, começam a perder os seus contornos à medida que vou caindo na realidade, mas lembro-me que estava igual a si própria, linda e de sorriso nos lábios.

Deu-me um abraço longo e forte, e eu perguntei-lhe porque tinha ido embora. Respondeu que não tinha ido... que estava ali. E naquele momento estava. Senti-a. Acordei a chorar e juro que sentia o seu cheiro. Deixei-me ficar deitada, de olhos fechados... não voltou, mas de alguma forma ainda a sinto ao nosso lado.

Sinto a sua falta. Tanto...