domingo, agosto 31, 2008

Gelo Ardente

Antes de mais devo dizer que até agora este é o único livro desta série, em que notei a falta de rigor na cronologia de publicação dos livros em Portugal... Não que afecte a leitura do livro, mas já sei (e agora saberão vocês também), que numa das duas aventuras que faltam publicar, Austin apaixonar-se-á por uma brasileira que morrerá no final, para bem da causa dessa aventura (qualquer que ela seja).

Existem algumas constantes ao longo destes livros, a par das personagens e do mar claro... Parece que existe sempre alguém com uma grande cicatriz na cara (nem sempre um vilão), e ao estilo de James Bond, Kurt Austin tem uma paixão feminina diferente em cada aventura :) O humor do autor ao longo destas aventuras, confesso que também é uma coisa que me agrada - como se pode perceber por algumas citações que coloquei aqui no blog.

Neste livro em particular, o inimigo volta a ser a velha Rússia, ao estilo das aventuras passadas no tempo da Guerra Fria.

A imaginação de Cussler, é de facto prodigiosa, pois apesar de vários pontos em comum - afinal trata-se de uma série - cada aventura é bastante única, e surpreendente...

"- Sabes o que fazia antes das lagostas.
- Sim, eras professor na universidade em Orono.
- Isso mesmo. Era o responsável pelo departamento de ocanografia. Estudávamos a acção das ondas. Já ouviste falar da Tempestade Perfeita? Tens a onda perfeita a caminho. Pelos meus cálculos, vai chegar aí dentro de vinte e cinco minutos. Não me importa o que digas às pessoas do motel. Diz-lhes que há uma fuga de gás, uma ameaça de bomba, qualquer coisa. Mas leva-as para terreno alto. E fá-lo agora.
(...)
Algumas das pessoas que tremiam com o ar frio da manhã gritaram-lhe. Hower ignorou os insultos, saiu do carro-patrulha e deu alguna passos pela encosta que conduzia ao porto. Agora que a adrenalina acalmara, sentiu os joelhos a fraquejar. Nada. Olhou para o relógio. Passaram cinco minutos. E, com eles, iam os seus sonhos de reforma pacífica com uma pensão da polícia. Estou morto, pensou, suando mesmo com o frio que se sentia.
A seguir, viu o mar erguer-se no horizonte e ouviu algo que se assemelhava a um trovão distante. A gente da cidade deixou de gritar. A abertura do canal escureceu e o porto esvaziou até se ver o fundo, mas o fenómeno durou apenas alguns segundos. A água regressou com o barulho semelhante ao da descolagem de um 747 e o mar fez erguer o sbarcos de pesca acorados como se fossem brinquedos. Seguiram-se mais duas ondas, com segundos de intervalo, cada uma maior do que a anterior. Abateram-se sobre a costa. Quando recuaram, o motel e a doca tinham desaparecido."

...e daqui só se descansa quando se chega ao final do livro :)

Citação

"Austin examinou o entulho e nadou até uma placa com cerca de dois metros de altura e metade da largura que se erguia numa posição mais ou menos vertical como uma lápide tumular gigante. Elevava-se do topo um par de barras de metal, assemelhando-se às antenas de um insecto.
- Se conseguíssemos derrubar esta placa, talvez provocássemos um deslizamento que desimpedisse esta barafunda.
- A ideia não é má. Só é pena não termos trazido dinamite.
- Talvez não precisemos dela. Lembras-te do que disse Arquimedes?
- Claro. É o dono do restaurante grego ao fundo da rua. Disse "Para comer aqui ou para levar?"
- Falo do outro Arquimedes.
- Ah. Esse disse "Eureca!"
- E também disse: "Dêem-me um ponto de apoio e conseguirei mover o mundo.""
in Gelo Ardente

sexta-feira, agosto 22, 2008

Citação

"O dispositivo era de concepção primitiva mas feito de metais contemporâneos, um instrumento letal debaixo de água, onde as armas de fogo de nada serviam. Tinha acoplado um depósito de munições em forma de tala com espaço para seis flechas. As flechas pequenas tinham barbatanas numa extremidade e, na outra, quatro lâminas bem afiadas que teriam cortado o seu fato de alumínio como um abre-latas. O enorme mecanismo de controlo era simplificado de forma que mesmo uma garra mecânica pudesse colocar uma flecha para disparar.
Zavala aproximou-se deslizando. - O que é isso? - perguntou, ofegante do combate.
- Parece uma versão moderna de uma antiga besta.
- Uma besta! Da última vez usámos pistolas de duelo - disse Zavala com um misto de admiração e pesar. - Para a próxima vamor atirar pedras aos maus."
in Serpente - de Clive Cussler e Paul Kemprecos

quarta-feira, agosto 20, 2008

18 meses ( II )

Serpente

O que mais dizer sobre estes livros em geral? :) Começam a faltar-me as palavras!

Mais uma aventura que se lê num ápice, desta vez a 1ª aventura da série Numa / Kurt Austin. O livro onde supostamente as personagens principais - constantes ao longo desta série - nos seriam apresentadas... não fosse este ser o 3º livro que leio :) Mas já aqui falei na falta de cronologia na edição destes livros... o que apesar de tudo não afecta em nada a leiura, porque cada livro é independente - pelo que pude ver até agora. Por isso, adiante :)

Desta vez a imaginação fértil de Clive Cussler e Paul Kemprecos, levam-nos à época Colombiana e pré-Colombiana, questionando se teria havido contacto entre os dois mundos separados pelo Oceano Atlântico, antes de Cristóvão Colombo ter descoberto a América. O facto é que neste livro, presentemente, todas as expedições aqueológicas que encontram provas disso mesmo, acabam por se evaporar misteriosamente... pelo menos até Kurt Austin e Joe Zavala ajudarem uma jovem arquéloga marítima a escapar à morte certa. É a deixa para a Numa tomar o caso por sua conta :)

Muita aventura, muita imaginação, muito ritmo em mais uma história alucinante, com muitas cenas marítimas, tecnologia de ponta (e outra nem tanto) - mas desta vez também somos "arrastados" pelas florestas mexicanas, que encerram um grande segredo nas suas ruínas Maias...

A única coisa que falta nestes livros, é o que por exemplo David Gibbins faz nas suas obras: um apêndice final, onde o autor nos ajuda a separar a realidade da ficção... Eu pelo menos fico a matutar um pouco nas coisas :)

...já de seguida irei pegar no "Gelo Ardente"!

É verdade...

Tenho andado meio desaparecida... a dar as ultimas, a tentar acabar trabalhos atrás de trabalhos para me poder dar ao luxo de parar uns dias, para espairecer a cabeça, para (tentar) não pensar em nada a não ser ler, passear, e ver televisão (para além do trabalho a tempo inteiro de ser mãe, e mulheri, hehehe).

Entretanto decidi-me a criar um espaço no Flickr, para lá ir metendo os meus brinquedos (pelo menos para já).


Escondidinhas



Inventa cada uma a cachopa...

18 meses ( I )



...e os primeiros rabiscos :)


segunda-feira, agosto 11, 2008

Ficou boa depressinha :)



A Mafaldocas ficou boa num instante (no dia a seguir ao do post, já parecia outra). Deixo aqui beijoca dela para os nossos leitores mais assíduos, ela sabe que vocês lhe deixam sempre uma palavra fofa :)

Mutação Polar

Depois de ler o "Cidade Perdida", tratei logo de comprar os restantes livros de Clive Cussler, publicados em Portugal, de tal modo fiquei com a "boca adoçada".

Este "Mutação Polar" veio confirmar o meu gosto por este autor. É mesmo daquela leitura que me enche as medidas: muita aventura, um ritmo bem acelerado, e claro... mete sempre o mar, o que eu adoro. Resumindo... é daqueles livros que (pelo menos eu) pego, e não apetece largar mais, MAS... como tenho mesmo que largar, aproveito todos os minutinhos para ler mais um bocado :)

O pequeno excerto que aqui deixei no outro dia, é uma parte do prólogo, que nos leva para a altura em que a Rússia invade a Prússia. Nessa altura um assassino - que vimos a descobrir que se trata de um membro da resistência alemã - rapta um cientista do seu laboratório, para que ele e o seu trabalho não caiam nas mãos dos alemães.

Nos dias de hoje, o trabalho desse cientista é interpretado e utilizado da maneira que ele mais receava: para fazer o mal, a uma escala inimaginável. Existe uma série de medidas que podem ser tomadas para prevenir essa catástrofe, que só o cientista conhece, o problema é que ele já faleceu, e a sua neta está no poder dessa valiosa informação, sem o saber!

...e mais não conto :) Claro que como estou aqui a escrever no blog, tudo correu pelo melhor, e o mundo não acabou, hehehehe!

O que é certo é que nestes livros, os acontecimentos atropelam-se de tal maneira que só queremos ler mais, e mais!

Chegada ao fim a leitura, tratei logo de pegar no "Serpente" do mesmo autor, e eis que descubro que ESTE é o livro que deveria ter sido primeiro editado pela saída de emergência. Enfim... infelizmente as editoras já nos começam a deixar habituados a esta desordem :(

A ordem correcta dos livros (que são 6 ao todo, mas dos quais apenas 4 foram publicados até agora) é: "Serpente", "Blue Gold" (Ouro Azul talvez...), "Gelo Ardente", "White Death" (talvez venha a ser Morte Branca), "Cidade Perdida" e "Mutação Polar"

A ordem editada em Portugal: "Mutação Polar" (no original o 6º), "Cidade Perdida" (o 5º), "Serpente" (o 1º), e "Gelo Ardente" (o 3º)... Para quando o 2º e o 5º, e por que ordem? Só a Saíde de Emergência o sabe...

quinta-feira, agosto 07, 2008

algum dia tinha que ser...




39,5º de febre, e ela toda choquita :(

parte-se-me o coração...

...algum dia tinha que acabar o estado de graça em que temos vivido (longe das viroses). Podia era ter sido num dia muuuuuuito mais longínquo, lá para o futuro.

Made in QUÊ??...



Nas suas brincadeiras e fofas desarruma tudo à nossa volta, enquanto eu tento concentrar-me no meu trabalho...

Ontem dei com isto colado no pé dela.

Made in quê??? Ai não foi não!!!

...de chorar por mais!

Já provaram esta delícia da Olá?

Cornetto de leite creme... *mmmmmm*

É de comer e chorar por mais!! (basta dizer que de uma embalagem de 6 que veio cá para casa, 5 comi-os eu... *shame*)

segunda-feira, agosto 04, 2008

Citação

(Prússia, 1944)

"O professor não se moveu. Estava a observar alguém a bordo do navio acostado ao cais, que atirara uma trouxa para a multidão no embarcadouro. O lance fora curto demais e a trouxa caíra à água. Da multidão saíra então um grito lancinante.

- O que aconteceu? - perguntou ele.
O guarda mal olhou na direcção daquela agitação. - Os refugiados que trazem um bebé dispõem de autorização para embarcar. Por isso, atiram com o bebé para trás, recorrendo a esse estratagema vezes sem conta, como se fosse um livre-trânsito. Às vezes falham e o bebé cai à água."


in Mutação Polar

O Ouro dos Cruzados

Pois, finalmente acabei de ler o Ouro dos Cruzados :)

É um daqueles livros, que quero ler novamente no futuro... com mais calma por um lado, e mais "de seguida", para não ficar com aquela sensação de que li a história demasiado fragmentada.

Muitos já sabem que adorei o anterior livro de David Gibbins, O Mistério da Atlântida. Nesse, o título já era bastante sugestivo, e revelador do conteúdo. O Ouro dos Cruzados, pelo contrário pode induzir um pouco em erro, e fiquei surpreendida ao ver-me envolvida numa narrativa que para além de explorar o tesouro que os Romanos roubaram aos Judeus, nos dirige surpreendentemente para a história Viquingue, relacionando-a com esse mesmo tesouro.

Pareceu-me um livro mais complicado do que o anterior, uma vez que sou um zero à esquerda em matéria Viquingue, e exigiu um pouco mais de mim em determinadas partes, por causa disso mesmo.

As aventuras submarinas continuam super importantes nesta história, ou não fosse David Gibbins um arqueólogo marítimo, no entanto achei que desta vez ele se controlou um pouco mais nos termos técnicos, e nas descrições dos equipamentos (apesar de, confesso, isso não me ter incomodado minimamente no Mistério da Atlântida).

No final do livro, ainda temos as explicações do que se passou na realidade, e o que é ficcionado, o que achei super interessante, e elevou ainda mais o respeito que já tinha por este escritor, e pela sua capacidade de criar um enredo óptimo, que poderia de facto ser real, e cujo final não é inverosímil.

É tudo mentira!

Tal como o comum dos mortais (e talvez um bocadinho mais), sou um pouco influenciável pela publicidade que passa na TV.

Claro que às vezes, comprando o produto, acabo por ficar desiludida. Mas enfim... também só me apanham uma vez (ainda me lembro de quando apareceu o primeiro "swifer" para o pó... que granda porcaria que aquilo me saiu, hahaha!).

Desta vez foi com o Champô Organics, aquele que é suposto ter particulas de brilho... é tudo treta :) O champô em si até tem uma tonalidade gira, parece pérola... agora o brilho passar para o cabelo, é que é tudo mentira...

Enfim... mais uma compra a não repetir *suspiro*